16.5.20

A ler.

A iniciativa do PEV, que não sei se é secundada por outras semelhantes de algum outro partido, é do mais elementar bom-senso. Uma empresa que escolheu acolher-se a um paraíso fiscal (e espero que nessa definição estejam incluídos a Holanda, o Luxemburgo e as várias ilhas britânicas e não apenas os de fora da Europa) decidiu não participar na comunidade nacional, contornar obrigações fiscais, diminuir por essa via o espaço orçamental de que dispomos para combater os terríveis efeitos esperados da crise que viver dois anos com a Covid19 inevitavelmente vai provocar.
Porque haveríamos de prestar solidariedade a uma entidade que recusou ser solidária com o país? Porque haveríamos de sentir-nos responsáveis pelos destinos de uma entidade que recusou ser responsável, na quota parte que lhe cabia, pelos destinos do país?
Pensando bem, não deveríamos ter esperado pela Covid19 para perceber isto. Mas que seja um efeito lateral positivo de um problema tão grave, ajudará a que o novo normal futuro não seja o regresso a aspetos do passado que não queremos ver repetidos.

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