29.9.19

Más notícias para África da fronteira Nigéria-Benin

A criação de uma grande zona de comércio livre em África poderá trazer novas oportunidades ao continente, muito para além do que é possível antecipar, não apenas económicas. Mas é um processo que vai ser difícil, gradual e lento e, sobretudo, depende da adesão e sentido de responsabilidade das maiores economias africanas.
Neste quadro é má a notícia de que a Nigéria tenha fechado a sua fronteira ao Benin, invocando - possivelmente com fundamento - o contrabando de arroz.
Uma zona de comércio livre não se constrói só com discurso e numa África com instituições ainda em processo de construção em muitos domínios e, seguramente no que se refere à regulação do comércio internacional, vai demorar a passar das palavras aos actos.
Mas, no fim de contas, para além das vantagens para a população de uma maior fluidez das trocas comerciais intra-Africanas, serão as suas potências económicas as que mais beneficiarão com o sucesso do projeto.

Se é certo que há muito trabalho jurídico, institucional, de afirmação de capacidade no terreno por fazer, não é menos certo que a Nigéria é um dos grandes países que podem ajudar a redesenhar as oportunidades de África, que não está condenada por nenhuma maldição à pobreza, à dependência de recursos naturais e a ser uma zona-problema no mundo do futuro.

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