3.9.17

O ovo que se partiu em cima da cabeça do PAN

O maior passo em falso do PAN até hoje, este de querer condenar uma prática que já não existe, correndo atrás da oportunidade mediática sem ponderação nem conhecimento do que efectivamente se passa. E entrando a fundo na política pelo lado que mais a nega, isto é pela tentativa recorrente de entregar à justiça a divergência de ideias que deve ser colocado no domínio do debate e da argumentação.
É certo que há práticas que violam os direitos dos animais e devem ser punidas. Mas como julgo que é consensual que tal não inclui partir um ovo, este equívoco do PAN é um bom exemplo de quanto mal andam os políticos quando correm sem ponderação nem investigação atrás de uma oportunidade se mostrarem e melhor exemplo ainda de que anda mal quem vê em cada esquina um pretexto para afirmar uma cultura de proibição. 
Tenho alguma dificuldade em ver o ecologismo português perder a sua componente libertária e evoluir para um animalismo autoritário.

2 comentários:

Rui Moura disse...

Perfeito!

Unknown disse...

Paulo, só a bem da precisão: O PAN não é, nem nunca foi, um partido ecologista. Tenta agora ocupar esse espaço vazio no panorama político português. Mas a sua designação original, Partido pelos Animais e pela Natureza, e a Declaração de Princípios são bem claras: "...O PAN defende uma sociedade onde todos os seres sencientes, humanos e não humanos, possam viver numa harmonia tão ampla quanto possível, com bem-estar e felicidade. Os interesses humanos e animais devem ser igualmente tidos em consideração e procurar-se a solução eticamente mais justa quando pareçam estar em conflito, tendo em conta as suas especificidades...."
O PAN foi e é um partido animalista!