26.6.19

Na Presidência um amigo

O Luís Costa foi eleito Presidente da Plataforma Europeia da Aprendizagem ao Longo da Vida, soube  por este texto. Sou amigo dele há várias décadas e por isso suspeito no elogio que merece.
Muito poderia dizer sobre as suas capacidades e especificamente sobre as que a nova função requer, de trabalhar em rede, com determinação e pragmatismo, por uma causa. Mais ainda sobre o seu carácter, de homem vertical e solidário, contra ventos e tempestades, leal a causas e pessoas, que sem a segunda lealdade a primeira talvez nem seja possível.
Mas acho que basta dizer aqui a minha alegria por ver um quadro do sindicalismo português - e para este efeito nada interessa de que quadrante do sindicalismo vem - ascender ao topo de uma estrutura Europeia da educação ao longo da vida. Refiro essa qualidade porque não creio que se possa entender a paixão do Luis pelo tópico fora dessa experiência pessoal, da dedicação aos trabalhadores e também ao diálogo social, que vem de tempos em que para as suas bandas não abundavam as vozes que acreditassem a sério na eficácia da concertação para a melhoria da vida dos trabalhadores.
A história contará da sua influência discreta sobre alguns momentos importantes do diálogo social em Portugal e provavelmente também, para mais agora, da sua capacidade de fazer avançar boas causas também a nível europeu.
Nada tem que ver uma coisa com a outra, mas recordo agora e acho ainda que tomei uma boa decisão quando o desafiei há uns vinte anos para a direção de uma instituição pioneira, infelizmente falecida, no desenvolvimento da causa da formação ao longo da vida, em Portugal. Estou a falar do INOFOR, criado pela Ministra Maria João Rodrigues, viveiro de quadros que ainda andam por aí a fazer o pensamento português sobre a matéria.
Vão ouvir falar do Luís. Ou melhor, não vão, porque do seu trabalho normalmente só ouvimos os resultados das coisas em que põe a sua mão dedicada e amiga. Ele gosta de ser um discreto beirão.