9.6.20

Nova prestação de desemprego - uma maioria parlamentar muito positiva

O Bloco de Esquerda merece-me aplauso por ter  defendido e congregado apoios para uma medida de último recurso, de apoio a desempregados desprotegidos, tornada urgente pela resposta de saúde pública à Covid19, que lançou e lançará na paragem forçada muitos trabalhadores que não cumprem requisitos de elegibilidade para o subsídio de desemprego, nem qualquer das outras medidas sociais atuais.
Nunca escondi a minha concordância com a proposta, nem que defendia algo parecido - menos ambicioso no montante - com aquilo que ela consagra antes de qualquer partido o ter sugerido, como pode ver quem o queira pelo artigo que escrevi no DN a 2 de abril.
Fico surpreendido por o PS que criou o RMG ter estado contra tal medida até ao fim, aparentemente convencido de que a desproteção social de alguns setores em situação de pandemia não carece de novas respostas ou de que o “buraco” que esta medida pode tapar não existe, não é relevante ou não merece atenção. Mas existe e os desempregados são o grupo mais pobre em Portugal. Os socialistas a quem a ideia de que as respostas atuais são suficientes satisfaz, ou que acreditam no regresso de ajuda alimentar e medidas similares, devem estar aborrecidos com a “maioria negativa” no Parlamento. Mas desculpem dizê-lo assim, socialmente esta foi uma maioria parlamentar muito positiva.


https://www.esquerda.net/artigo/parlamento-aprova-novo-subsidio-extraordinario-de-desemprego-proposto-pelo-bloco/68481

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