28.7.19

Fazer uma requisição civil não é beber um copo de água

Excelente artigo sobre um problema real. O direito à greve não pode ser coarctado sem um fortíssimo motivo que implique que este contenda de modo particularmente grave com outros direitos e necessidades. É certo que há momentos em que há que arbitrar direitos, nomeadamente quando direitos fundamentais entram em contradição, como pode acontecer com o direito à greve e a satisfação de necessidades fundamentais da população. Mas, se os serviços mínimos forem cumpridos - e os sindicatos têm direito a procurar interpretações estritas da sua determinação - a requisição civil não teria fundamento, mesmo que fosse popular, mesmo que fosse uma prova de poder que os populistas adorariam. Mas afastar-se-ia do que se espera de um governo que respeite os direitos dos trabalhadores. E isto é independente de qualquer simpatia ou antipatia por um sindicato ou sindicalista específico. É o respeito pelas regras do jogo que, bem, estão definidas.

1 comentário:

  1. Lúcio Ferro11:03 da tarde

    Santa ingenuidade. As regras do jogo foram feitas para o sindicalismo do séc. XX, não do séc. XXI. As regras estão antiquadas e permitem a emergência de sindicatos fantoches como este ou o dos enfermeiros, com fundos de greve pagos não se sabe bem por quem. As regras, meu caro, têm de ser revistas ou então serviços estratégicos para o bem nacional ficam à mercê de meia dúzia de indivíduos cujas agendas nunca são devidamente escrutinadas.

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