O meu encontro com a mãe do RMG, a Dra Leonor Guimarães ensinou-me muitas coisas mais importantes para a vida do que algum dia conseguirei sintetizar.
Conhecê-la foi uma lição para muitas outras dimensões da minha vida.
Ela era parte de um grupo de pessoas fulcrais para o bom desempenho do Estado, invisíveis mas detentores de sólidos saberes, com ideias próprias mas leais às decisões democráticas, capazes de suportar muitos ignorantes arrogantes que chegam a posições de alguma importância sem currículo nem saber que justifique o poder que julgam ter.
Leonor Guimarães foi para mim um símbolo do profissionalismo dos funcionários públicos, de um profissionalismo insuficientemente valorizado e respeitado.
Não posso esquecer o que me disse quando finalmente ganhámos reciprocamente confiança no grupo que preparava o RMG: "na primeira reunião pensei que lá vinha mais um assessor de Ministro ignorante e atrevido".
Muitas vezes senti que a sua intransigência prendia ao chão a minha vontade de voar na inovação em vários pontos necessários. Nem sempre ela tinha razão. Mas os nossos enfrentamentos ajudaram a que a medida que a direita jurara destruir ainda ande por aí.
Poucas vezes a vi depois de sair do Governo, mas muitas vezes penso no que aprendi com ela e com toda a geração de grandes profissionais da segurança social a que pertencia.
A melhor homenagem que posso
hoje prestar-lhe é a expressão do meu agradecimento. É dar-lhe ainda a notícia de que tem seguidores de grande nível na casa e na causa a que dedicou a vida, que eu também já tive o prazer de encontrar em outras leis e noutros projectos, a aplicar noutros países. É dizer-vos, para que saibam: morreu a mãe do Rendimento Mínimo Garantido.
Hei Paulo,voltei a encontrá-lo para tomar conhecimento do falecimento da dra.Leonor Guimarães. Além de tudo o que você tão bem diz dela, guardo a memória da colega mais velha e mais sábia sempre disponível para um conselho, uma conversa sobre como fazer.Era o exemplo do que deve ser um funcionário público, um dirigente. Deixa na Segurança Social boa memória.
ResponderEliminarUm abraço
Joaquim Antunes