O discurso desta manhã do Primeiro-Ministro britânico é o de um derrotado. Mas de um derrotado que não tenta travestir a sua derrota.
A União Europeia entrou hoje numa nova fase da sua existência. Pela primeira vez na sua história um povo que a conheceu decide sair dela. Não decide recusar um tratado ou um novo passo institucional. Decide abandonar o sonho europeu.
E tudo aponta para que esta é uma decisão que segue uma tendência de o eleitorado popular abandonar os líderes políticos tradicionais, de direita e de esquerda, bem como de se desconectar do sentimento político das elites.
Por todo o lado, os sintomas são diferentes, mas a doença democrática é a mesma. O sistema político democrático não consegue agora captar o apoio popular, porventura, porque age cada vez mais condicionado pela necessidade de captar outros interesses.
A ideia de que o Reino Inido tinha que ficar na União Europeia por causa da economia parecia fraca e foi.
O eleitorado não votou com a carteira, ao contrário do que se costuma dizer que faz nas decisões importantes. Não votou assim na Inglaterra nem na Escócia, recorde-se, embora tenha votado de forma diferente em cada parte do Reino chamado Unido.
O Reino desunido que vimos neste referendo vai passar por uma longa turbulência política. Mas, por muito que discorde do veredicto dos britânicos, eles voltaram a dar à Europa uma lição de soberania popular. Algo que em Bruxelas se não percebe o que é. E essa incompreensão é uma parte muito substancial dos problemas que a Europa atravessa.
que abram os olhos ,isto só aconteceu derivado as politicas,implementadas,que são contra o interesse dos povos Europeu se não virarem a agulha das politicas ,vão sair mais Países,
ResponderEliminarpensavam que era a Grécia em que iriam repetir o referendo ate que o resultado fosse o que
iria interessar a Alemanha.