O primeiro mês de funcionamento do novo Parlamento mostrou, nas votações, o isolamento da coligação de direita face a todas as outras forças parlamentares, constituindo o PSD e o CDS, para já, uma nova minoria e todos os outros partidos, PAN incluído, uma nova maioria. Nas 44 votações realizadas em Novembro de 2015, as dinâmicas políticas foram as seguintes:
Nos grandes debates políticos do mês, a nova minoria não conseguiu o apoio ou a abstenção de nenhuma outra força parlamentar, como se registou nas seguintes votações:
- Rejeição do XX Governo Constitucional
- Revogação de medidas sobre Interrupção Voluntária da Gravidez,
- Adopção por casais do mesmo sexo
- Plano ferroviário nacional
- Prorrogação de receitas no OE para 2015
- Eliminação de exames nacionais do 1º ciclo
- Recomendação de estudo da Constituição na escolaridade obrigatória
A segunda dinâmica política mais forte foi a do funcionamento por consenso, com votações por unanimidade em votos de pesar, pedidos de descida à comissão sem votação de certos diplomas e em matéria de funcionamento da Assembleia.
As mais relevantes excepções a esta dinâmica foram as votações sobre compromissos externos de Portugal (com votos favoráveis do antigo arco da governação) e as votações em que o PAN se juntou à direita (recomendações ao governo, compromissos europeus e extensão de medidas orçamentais para 2016).
Registou-se ainda que as coligações pré eleitorais continuam sólidas: PSD e CDS, por um lado e PCP e PEV, por outro, votaram sempre da mesma forma.